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Saúde
Saúde realiza Semana de Conscientização contra a leishmaniose
Publicada em 14/08/2025, às 16:24
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Ações conscientizam sobre prevenção da doença
Por orientação do Ministério da Saúde, entre os dias 10 e 14 de agosto a Secretaria de Saúde realiza a Semana de Controle e Combate à Leishmaniose, com buscas ativas e ações de conscientização.
A veterinária Keila Regina Gomes, médica veterinária do Setor de Vigilância em Saúde, explica o que é a leishmaniose e as formas de transmissão.
"As leishmanioses se caracterizam por duas formas principais: tegumentar (cutânea) e visceral. O transmissor é um vetor, um pernilongo, conhecido popularmente como mosquito palha ou birigui. A transmissão é pela picada do mosquito contaminado. Nos cães, a doença pode ser assintomática ou não apresentar todos os sintomas. Como o mosquito se prolifera na matéria orgânica (fezes, folhas, frutos, lixo acumulado em quintais e terrenos), a prevenção é manter a casa e seus arredores sempre limpos".
Ao picar animais reservatórios da doença, como cães e roedores, e, posteriormente, picar seres humanos, o mosquito-palha pode transmitir leishmaniose. É importante ressaltar que a transmissão não ocorre por contato direto com animais infectados, mas exclusivamente por meio da picada do mosquito vetor.
A leishmaniose visceral pode apresentar febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso e inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. Por outro lado, a leishmaniose tegumentar pode causar lesões cutâneas na pele ou nas mucosas (oral, nasal ou genital), a depender do tipo de espécie de protozoário envolvida. A doença começa a se manifestar com uma ferida, com borda elevada, que não causa dor.
O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois ela pode levar à morte.
Para os cães acometidos pela doença, já existe tratamento autorizado no país, devendo ser prescrito e acompanhado por médico veterinário. É importante fazer o acompanhamento de animais doentes e tomar ações preventivas, para evitar o contágio em humanos, conforme explica a veterinária.